Prelúdio - Silverleaf Halfmoon

Há muito a sociedade élfica é reconhecida como única em seu conhecimento místico, mesmo que alcunhada de exclusa, devido à dificuldade élfica em estabelecer sociedade com outras raças.

Isto não é um problema fundamental dos elfos, apenas uma filosofia de vida completamente diferente, a qual apenas as criaturas cuja longevidade equipare-se à élfica seria capaz de entender. Humanos e ananos, por exemplo, apenas preferem misturar-se aos elfos quando necessário, raramente criando vínculos afetivos com os mesmos, o que é mais raro ainda dentre os robustos e orgulhosos ananos, cuja rinha com os elfos provém dos tempos antigos.

As lendas sobre estas criaturas místicas vão além de seu conhecimento do mundo, e toda lenda possui um fundo de verdade. É verídico que os elfos podem sentir melhor as nuances naturais do mundo que os cerca, e possuem um elo muito forte com as mesmas, podendo perceber distorções no equilíbrio natural.

É verídico que as raças se protegem, e um anano protegeria o outro, mesmo que não se desse com o protegido. O mesmo entre elfos.

Agora há duas forças que movem Silverleaf: Um grave disturbio natural emanando de um velho castelo em ruínas, e o boato verídico de que um membro da sociedade élfica, Taran, desaparecera naquela região.

Seu cavalo, Scaduttengäe (Rajada ofuscante na língua ancestral élfica), era reluzente em pêlo branco, de olhos negros e vivazes, uma crina longa e suave, dourada, deslisante sobre seus músculos firmes poderosos. Um belíssimo animal da Terra das Planícies, tratado pelos elfos, merecedor de todo o respeito de um verdadeiro rei dentre os de sua espécie.

Seus cascos partiram velozes rumo ao castelo:

Não muito distante, um morro ergue-se sobre a vegetação, imponente, pretencioso. Era rochoso e morto, uma mancha cinzenta no horizonte. Em seu topo, a vislumbre silhueta pontiaguda de uma construção grandiosa: o castelo!

(...)

No céu, as nuvens desenhavam formas arredondadas, girando em vértice para um centro azulado, de um azul-turquesa, tão belo a inspirar bardos nos becos de Cionasta.

Tão logo fora o tempo passado, que a vegetação abriu espaço para uma planície longa de pastagens a tocar o horizonte. O terreno iniciara sua mudança.

Algum tempo incontável após, o solo tornou-se rochoso: Estavam aos pés do morro.

Era pedregoso e íngreme, sonoro a cada estalo de casco contra o piso, exibindo árvores morimbundas secas, chorosas contra um solo sem vida. Uma estranha parcela de nuvens escuras cobriam o topo, e tornavam o local cinzento e sombrio.

(...)

Haviam marcas de deslisamentos por toda parte, e grandes blocos de concreto destruídos cediam uma prévia do que havia por vir: uma construção totalmente ruinada perecendo em um pico cinzento sobre uma planície verdejante.

Quando a inclinação se torna tênue, a vista pode vislumbrar o cenário da trama em sua totalidade: Um enorme castelo em ruínas, cercado pelo que foi um dia uma forte muralha com quatro torres, hoje despencadas, mantendo poucos pontos ainda em pé.

(retirado do primeiro post do "Capítulo I - As ruínas de Demara")

Na entrada, quatro outros cavalos descansavam próximos a um resquício de gramado. Estavam celados, o que indicava a presença humana ou anana (elfos não usam celas, montam à pêlo).

A porta de entrada estava arrombada, indicando uma invasão, e as inúmeras pegadas no chão eram rescentes.

- Você está vendo as pegadas dos outros aventureiros, que já adentraram. Halfmoon pode pensar que são mercenários, em busca dos mistérios que englobam o recinto, ou mesmo bandidos em busca de riquesas. Em sua cabeça poderia passar também que são um grupo de resgate, mas ainda assim estás desconfiado.

O que fazes?

• Examina o local antes de entrar? (Teste de procurar - Sabedoria - role 1d20)
  
• Adentra o recinto diretamente?
  
• Outra ação? QUal?

Interprete como deixou seu cavalo, e como Halfmoon se comportou próximo ao castelo, que emana uma energia nociva.

=)

Enquanto estava subindo o morro, indo ao castelo, Silverleaf olhava o esplendor da natureza ao seu redor.
Conforme a força do distúrbio que emanava do castelo foi ficando mais forte, a vegetação foi ficando mais rochoso, mais morto.
Chegando no castelo, viu aqueles cavalos, e notou que eles tinham cela. Humanos e/ou Anões.
" Mercenários ?! Só há um jeito de descobrir !"
Silverleaf empunhou seu arco e preparou sua flecha. Olhou mais uma vez em volta pra ver se não havia mais nada. Silêncio.
Desceu de seu magnifico cavalo com uma habilidade incrivel que apenas elfos possuiam. Acariciou a crina de Scaduttengäe.
- Qualquer coisa que acontecer eu quero que você corra como nunca correu em sua vida meu amigo...
Deixando o cavalo, caminhou vagarosamente até a porta arrombada e percebeu pegadas recentes na poeira do chão.
" Isso só pode ser obra de anões... Pessoal irritado..."
Olhou novamente para o imponente castelo à sua frente. Tinha que resgatar Taran a qualquer custo e descobrir o que havia de errado naquele castelo.
Deu um passo a frente e sentiu mais um onda estranha vindo à sua frente. Estava muito estranho. Estava adentrando ao desconhecido, mas precisava!
Voltou seu olhar para seu cavalo, seu companheiro de várias aventuras, mas dessa vez não poderia acompanha-lo. Acenou. O cavalo respondeu com um leve relincho.
Adentrou ao recinto tentando ser o mais furtivo possível, afinal os invasores poderiam estar ainda por perto!

Furtivo
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8

Passo a passo, Halfmoon mergulha na escuridão.

Um som insistente toma conta do ambiente em pouco tempo, para os ouvidos élficos apurados de Silverleaf. Eram tintilhares de lâminas, escombros rolando e brados de batalha. Sessou.

O que estava ocorrendo, o embate provável, havia terminado no momento em que Halfmoon chegara, sorrateiro.

Ao adentrarem o que um dia foram os salões principais de um belo castelo, deparam-se com um local totalmente escuro e de difícil acesso, devido a escombros que ainda estão pelo chão.

(...)O odor da sala era um misto de poeira e putrefação, em um ar sem muita umidade, uma atmosfera nada agradável que irritava as narinas e causava leve tontura.

(...)

Esta grande sala já foi um dia muito bela, com detalhes arquitetônicos no teto em gesso branco, gesso este que está fragmentado pelo chão, coberto de escombros. Pilares atravessam o recinto de canto a outro, e há grandes fissuras no chão, de uma profundidade não muito grande, mas que poderiam causar fraturas.

Haviam dois grandes corpos peludos, iluminados na penumbra, uma fraca luz que esgueirava-se por frestras no teto.

"Gnolls" - pensou. De imediato deveria ter ligado os fatos: Desequilíbrio natural geralmente caminhava junto à bestas errantes. Algo sinistro estava para acontecer.

O som provinha de uma saleta à esquerda, e pelo jeito era um grupo grande. Calculou 5 ou 6 (contando os pequeninos), e estavam em busca de algo em escombros.

Pela pequena abertura da porta, tentando não ser visto, o elfo observa um humano barbado e alto, com plumagens brancas ornamentando sua cabeça, portando uma bela clava metálica clerical. Nada mais poria ser visto, a menos que quisesse correr o risco de ser descoberto.

O que fará?

• Tentar comunicar-se? - se sim, já poste direto no tópico "Capítulo I";
  
• Tentar observar melhor a situação? - Teste de destreza - role o d20 - ainda poste aqui;
  
• Tentar uma aproximação armada? - Tente pegá-los de surpresa - ainda poste aqui;
  
• Outra ação? Poste-a aqui.