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Capítulo III - O Segredo de Demara

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Hammersky
Rotieh
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Capítulo III - O Segredo de Demara - Página 4 Empty Re: Capítulo III - O Segredo de Demara

Mensagem por Rotieh Qui Jul 21, 2011 4:15 pm

Capítulo III - O Segredo de Demara - Página 4 Slinkerjpg

Slinker atirou-se em disparada na direção de Delvar! A viga que sustentava as rochas cedera, e um desmoronamento iniciara em cada canto da mina, e logo a poeira cobria os olhos do ladino, enquanto a terra tremia abaixo dele!

A cada passo, uma nova rocha incita contra sua vida, obrigando-o a esquivar-se bruscamente! Foram dez passos até o anano!

O corpo de Delvar jazia agonizante ao chão, e seus olhos ainda vislumbraram a silhueta do ladino chegando a seu socorro. Tentou praguejar, mas não haviam forças para moverem-lhe os lábios. Em sua mente, só uma palavra formou-se: "tolo".

Slinker agarrou o corpo do anano, erguendo-o como pôde, enquanto os pés de Delvar permaneciam imóveis, inertes, sendo arrastados pelo chão. A consciência do anão era agora apenas um lampejo, mantido ardente graças aos puxões que Slinker lhe dava, dilacerando e abrindo ainda mais suas feridas.

Os urros de Lordan ecoavam longe em meio ao estrondoso som das pedras despencando!

Um dos orcs, caído com uma larga pedra sobre suas pernas, ainda chegou a agarrar o pé esquerdo do ladino. Seus olhares se cruzaram. Piedade? Antes que pudesse distinguir qual sentimento tomava seu coração, uma sequência violenta de dezenas de imensos pedregulhos despencaram, e a escuridão tomou conta dos olhos do ladino.

Finalmente silêncio.

----

Halfmoon saltara para dentro da cozinha segundos antes de tudo desmoronar atrás dele! Lordan auxiliou-o a erguer-se, guiado pelo som de seu corpo. A escuridão ainda não havia cessado, e decidiram puxar o corpo de Morganth alguns metros para trás.

O corpo era leve. Não mais que 30 kg.

Sobre a mesa repousaram o companheiro mago, e despejaram suas lágrimas ao que restara de seu corpo: não haviam pernas, virília ou cintura. O mago teve metade de seu corpo arrancado por alguma força incompreensível, e pendia suas vísceras para fora, penduradas, enquanto excretavam todo tipo de líquido vital.

Os olhos arregalados e a expressão de dor pareciam ter congelado sua face morta. Haviam respingos de sangue por toda sua túnica.

Halfmoon sentiu a perda do mago, mas Lordan quase não suportou. Mais que um companheiro, Morganth era um irmão. Todos ali eram. De seu grupo, agora ninguém mais restava. Delvar e Slinker não escaparam, e, ao passo que a escuridão se dissipava, notavam as imensas rochas barrando o caminho para o salvamento.

Os três humanos reuniram-se ao redor do clérigo, sem palavras para com o ocorrido.

Sentiam culpa. O motivo das mortes, para eles, era seu resgate, e não a orbe. Ajoelharam-se e pediram perdão.

Os minutos seguintes pareceram intermináveis.

Quantas vezes desafiaram a morte e sairam (quase) ilesos?

Chegou mesmo a parecer que apenas o improviso bastaria.

Capítulo III - O Segredo de Demara - Página 4 Morganthjpg

Um dos humanos escravos afasta-se do grupo para buscar água no poço, tanto para lavar a poeira e sangue das roupas de seus salvadores, quanto para que tivessem algo a beber na viagem de volta para casa.

O grupo aguardava-o na cozinha, mantendo o clima pesado e a dor generalizada da perda.

O homem, no entanto, não retorna.

Spoiler:

Capítulo III - O Segredo de Demara - Página 4 Delvarjpg
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Mensagem por Moriph Seg Jul 25, 2011 8:03 pm

Um barulho a sua frente denunciou a presença de alguém. E ele, como sempre fazia, ajudou. Não importava se era amigo ou inimigo, todos mereciam o perdão.

Eram dois. Um mais leve do que o outro. Obviamente eram aliados, pois Orcs não eram tão leves.

Levou-os à luz da Cozinha. O primeiro era visivelmente Silverleaf. Mesmo coberto por quilos de terra e vestido como escravo, suas orelhas pontudas ainda eram visíveis.

O segundo... Lorda não conseguiu segurar o grito. Morganth estava lá, mas somente metade dele. Seus membros inferiores foram arrancados, seus olhos permaneciam abertos, vidrados, em seus últimos momentos de vida. A aura que emanava dele desaparecera, juntamente com sua alma, que partira para o Paraíso.

Lordan chorava e gritava descontrolado. Convivera com ele desde que eram crianças. Conhecera Morganth antes mesmo de aprender a andar. E lá estava ele. Partira antes dele. Nunca mais se veriam.

Suas mãos começaram a brilhar fortemente. Esferas brilhantes surgiram sob suas mãos. Juntou-as. Era hora de devolver a luz que ele havia tomado. A grande bola formada voou de suas mãos com leveza, indo em direção à escuridão, mergulhando no breu sem cerimônia. A Escuridão foi aniquilada de dentro para fora, mas Lordan sofreu outro choque.

Perdas gigantescas barravam seu caminho e não havia nenhum sinal de Delvar e Slinker. Não respondiam quando ele gritava e não havia som algum vindo da sala. Mesmo assim, mesmo que soubesse o que aconteceu, Lordan não iria aceitar. Não iria admitir. Nunca. Não era possível.

Minutos se passaram e ele desaba. Não havia chance alguma de estarem vivos. O pior acontecera, Slinker, Delvar e Morganth haviam caído. Aquele grupo se fora, restando apenas ele vivo. Silverleaf não conseguiria entender a ligação daquele grupo, ele presenciara apenas uma de suas muitas aventuras. Justamente a última.

Se levantou e, sem falar com ninguém, entrou no quarto onde havia o arsenal de armas. Fechou a porta e começou a tirar a fantasia que usava, colocando em seguida a armadura recém adquirida.
Estava preparado. Apenas faltava o enterro. Não teria como recuperar os corpos de Slinker e Delvar, então enterraria o Machado de Delvar e a Capa de Slinker.

A capa estava junto com as coisas deixadas pelo próprio na Sala de Armas, mas o Machado de Delvar estava no poço.
Lorda emburrou a porta com um pé e entrou.


obs: sua maça estava presa no cinto, mas estava usando escudo ;D
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Mensagem por Maka Albarn Seg Jul 25, 2011 10:02 pm

Havia puxado ele com a maior facilidade. Seus musculos enxutos não haviam precisado fazer muito esforço para pegar o mago no colo. Como ele era leve. Sentiu que havia entrado na cozinha, logo quando um barulhão de tudo caindo tomava conta da sala. Depois de mais uns passos adentro da cozinha, a escuridão havia se dissipado, e Halfmoon pode comtemplar o que restara do mago. Suas pernas haviam sido arrancadas da forma mais brutal que poderia existir, e agora suas tripas jaziam jogadas no chão. Seu sangue se misturava com a areia que recobria a cozinha. Uma enorme dor tomou conta de Halfmoon. Não havia ficado muito tempo com o mago, nem tão pouco conversado direito com ele, mas mesmo sem palavras, a amizade e a confiança dos dois era explicita. E agora, ele estava alí, deitado no colo de Halfmoon, sujando suas vestes. Uma lágrima solitária percorreu a face alva do elfo, e caiu nos cabelos brancos de Morganth.
Guardou aquela dor, e depositou os restos do corpo em cima da mesa. Olhou para todos alí, e notou que o anão birrento e o rapaz ligeiro não se encontravam ali. Procurou explicações nos rostos dos outros, que permaneciam em silêncio, claramente de luto. Soube na hora o que havia acontecido, e apenas lamentou a perda de dois grandes amigos.
Abaixou a cabeça, em sinal de luto.
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Mensagem por Rotieh Qua Jul 27, 2011 5:38 pm

Capítulo III - O Segredo de Demara - Página 4 Fef

A sala do Poço:

Ao chegarem finalmente para investigar o atraso do escravo, Lordan e Halfmoon deparam-se com o mesmo agaixado, próximo a uma das paredes, a remover pedras do chão.

Ao que parece, durante o desmoronamento da mina, causado por Delvar, pedras despencaram sobre as paredes finas que dividiam a sala do poço dos locais de mineração, e agora havia uma passagem estreita que daria acesso à uma parte do local de trabalho orc ainda não explorada.

Logo, os outros dois escravos notam o olhar apreensivo da dupla de heróis, e juntam-se para livrar a entrada de vez para o clérigo humano e o arqueiro arcano élfico.

Logo, ambos poderiam adentrar a nova saleta sem dificuldades.

Ver mapa para melhor compreensão:

Capítulo III - O Segredo de Demara - Página 4 Efef

Grandes rachaduras atravessam as paredes, e parece haver risco de novos deslisamentos. A imensa pilha de pedras formavam montanhas, cobrindo os corpos dos orcs e de seus companheiros, uma espécie de catacumba natural.

Para um dos lados, parecia que o desmoronamento também fizera ruir uma larga parte da parede, deixando explícita uma porta secreta!

Sim!

Uma enorme porta de pedra, belíssima, surgia imponente onde antes era apenas parede! Com o impacto das pedras caindo, a parede que escondia a porta também ruiu, vindo ao chão! Poderia ser o motivo da busca?

Capítulo III - O Segredo de Demara - Página 4 Stone%20Door%20at%20Qasr%20Al%20Azraq

Vamos interpretar que a porta fica logo neste caminho que parece sair do mapa, à esquerda, viram? Interpretem que ele acaba ali mesmo (há parede no fim do mapa), e ali está a porta!

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Mensagem por Moriph Ter Ago 02, 2011 3:42 am

Ao adentrar a Sala do Poço, Lordan se depara com uma sena um tanto curiosa: um dos escravos estava retirando pedras da parede que havia desmoronado.
De imediato ele foi ajudar, pois sabia que aqueles Homens não estavam tão fortes quanto deveriam.

Curioso, olhou para o interior da passagem, notando que lá se tratava do final da Mina dos Orcs! De imediato procurou por sinais de seus companheiros, mas o resto da Mina estava bloqueada por rochas tão grandes que precisariam de seis Homens para carregar uma delas, ou talvez dois Anões bastassem.

Retornando sua mente aonde o corpo estava, recolheu o Machado de Delvar e sua Espada Amaldiçoada, a terrível Zahroc, para então colocar o Machado, juntamente com a Capa de Slinker, na mesa onde os restos mortais de Morganth jaziam.

A seguir, ele estendeu a espada ao Jovem Elfo, seu novo e único companheiro de aventuras, dizendo:
-Pegue-a e a use com Sabedoria. Você será capaz de domá-la melhor do que eu. EU acredito que Delvar gostaria que você a usasse - Mas Lordan sabia muito bem que Delvar o mataria por causa disso se tivesse oportunidade.

Armado com sua fiel Maça de Guerra, seu Escudo de Madeira e sua nova Armadura, cuja posse lhe foi dada pelos seus falecidos amigos, o Clérigo adentra o final da Mina, se deparando com uma Passagem Secreta revelada pelo desmoronamento. Delvar deveria estar orgulhoso de si mesmo a essas horas.

Indicou-a ao Silverleaf, fazendo um sinal para pedir silêncio.
Encostou o ouvido na porta, tentando obter qualquer informação sobre o cômodo que iriam adentrar.

Teste de Ouvir: Moriph efetuou 1 lançamento(s) de dados Capítulo III - O Segredo de Demara - Página 4 D20 (d20.) :
19

Obtendo ou não qualquer som de inimigos, o Clérigo empurra um pouco a Porta de Pedra, para poder entrar em seguida.

Teste de Força, se necessário: Moriph efetuou 1 lançamento(s) de dados Capítulo III - O Segredo de Demara - Página 4 D20 (d20.) :
5
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Mensagem por Rotieh Ter Ago 02, 2011 5:05 pm

Capítulo III - O Segredo de Demara - Página 4 Fef

O ouvido cansado e carregado de poeira de Lordan encosta à pedra fria da porta. Um inseto corre de um buraco a outro na parede. Nada mais que isso. O silêncio absoluto recobre as pedras como em uma catacumba macabra, consumindo-se no silêncio insistente.

Forçando os ombros contra a passagem, o clérigo, mesmo com o auxílio do elfo, não fora capaz de mover nem mesmo milímetros a rocha à frente, imensamente pesada e aparentemente presa à parede.

Havia a porta, o que não haviam eram trancas aparentes, maçanetas ou mesmo dobradiças.

Era apenas mais um mistério das ruínas deste castelo.

Capítulo III - O Segredo de Demara - Página 4 Stone%20Door%20at%20Qasr%20Al%20Azraq
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Mensagem por Moriph Ter Ago 02, 2011 7:12 pm

Ou seus ouvidos estavam extremamente obstruídos ou não havia som algum que pudesse se captado por suas cansadas orelhas. O silêncio era tanto que um calafrio percorreu sua espinha.
Lembrou-se então que a porta da Cozinha era feita a prova de som, então essa entrada poderia ser semelhante.

Tentou empurrar, puxar, chutar, arranhar, puxar novamente, e mesmo assim, mesmo com a ajuda do Elfo e toda a força que restara nos braços do Humano, a passagem permaneceu lacrada. O esforço se quer foi sentido, pois a pedra não havia mexido se quer um milímetro.

Curioso, pensou. "O que poderia abrir essa Passagem? De todos os objetos que coletamos, poucos teriam 'magia' para deslocar aquela pedra."

Lembou-se então, aliviado, que a "chave" que procuravam para "abrir" aquela porta não era algo físico. Pelo contrário, era música. Seu palpite era que a Chave, cujo formato se assemelhava a uma flauta, poderia ser aquilo que procuravam.

Sua mente não parou por aqui. Logo imaginou o por quê do Ogro jamais ter conseguido a Orb. Talvez considerasse o formato da Chave apenas simbólico. Teria ele ignorado esse fato ou sua paciência estivesse esgotada.

Tentou explicar com poucas palavras o pensamento que lhe ocorrera ao Silverleaf. A opinião de um Elfo sobre itens mágicos era mais precisa do que a dele.

Ao término da explicação, levou a flauta à boca e tocou uma canção.
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Mensagem por Maka Albarn Ter Ago 02, 2011 11:53 pm

O elfo ainda estava parado na cozinha, osbervando o corpo do mago, que jazia sem vida sobre a mesa. Um sentimento de perda invadiu novamente o coração do elfo, e a verdade tornou-se dolorosa. Era sempre muito difícil perder um ente querido.
Por mais distante que os dois tivessem sido, Halfmoon aprendeu a admirar o humano como um mago. Sempre sábio e silêncioso, usando da melhor forma possível seus conhecimentos.
Assim, lembrou-se dos corpos de Delvar e Slinker que jaziam na sala ao lado. Se dirigiu até ela para resgatar o que fosse possível dos dois heróis, mas o clérigo já havia feito aquilo, e agora voltava com os pertences dos heróis. Depositou as armas deles junto ao corpo de Morganth, virou-se para o elfo e disse:

-Pegue-a e a use com Sabedoria. Você será capaz de domá-la melhor do que eu. EU acredito que Delvar gostaria que você a usasse
- A quem você quer enganar? Ele te mataria se soubesse disso... - Deu uma risada fraca, recordando do mau-humor do herói anão. Pensou em como ele era forte. Mesmo depois de ouvir os gritos de dor vindos de sua garganta quase sem vida, ainda teve ânimo, força e coragem de se jogar contra uma pilastra e se sacrificar pelo bem de todos.

Lordan saiu e foi em direção ao poço. Havia ouvido sobre alguma passagem descoberta após o desmoronamento. Sendo assim, buscou na sala o seu fiél arco, suas roupas e sua mochila, colocando tudo em seu devido lugar, e assim, partindo para o lugar onde estava o poço. O clérigo já estava lá, e ainda tirava umas pedras de um canto junto com o escravo. Chegando mais perto constantou que aquela pequena passagem dava para o fim da mina. Um bom começo.
Passou tranquilamente pelo lugar, graças a sua magreza, e notou que no fim havia uma passagem secreta, que apenas era visível graças ao desmoronamento causado pelo falecido anão.

Chegaram a porta, e tentaram a empurrar, porém, ela não havia se movido. Pelo brilho no olhar de lordam, ele já havia pensado em alguma coisa. Sendo assim, Silverleaf ficou em silêncio, apenas observando ele dizer algo sobre a flauta, a tirando da mochila e a levando aos lábios.
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Mensagem por Rotieh Qua Ago 03, 2011 4:36 pm

Capítulo III - O Segredo de Demara - Página 4 Dwdwdwdwdwdwd



Um som atritoso marca o mover do pesado bloco de pedra que barrava o caminho à frente! Muita poeira cai das frestas da porta, em sinal que há muitos anos não era aberta. O chão treme levemente, e a dupla remanescente do grupo heróico sente calafrios ao notar que não somente o chão, mas as paredes e o teto sofrem leves tremores, e o risco de novos deslisamentos é eminente.

Uma trinca metálica é ouvida, e a porta desmorona por completo, desfazendo-se frente aos olhos do grupo, e de imediato duas tochas laterais acendem-se como por magia, iluminando uma saleta minúscula, onde jazia um trono carmim. Sobre ele, o que restara de Demara, mumificado, sentado solene a olhar para vocês com suas órbitas oculares vazias e escuras. Uma pesada coroa metálica jazia em sua cabeça, e suas vestes estavam gastas pelos séculos que passaram indefesas às traças.

Sobre seu colo, um escudo dourado guardava uma quantidade absurda de poeira, e abaixo dele, uma grande orbe avermelhada e relusente, para sempre protegida pela vigilância mumificada de Demara. Aos seus pés, três vasos perfumam o local, contendo óleos diversos de sua preferência, mantendo o ambiente propício à mumificação e eternização de seu corpo.

Jazia frente à vós, Demara, o Guardião da Orbe do Dragão.

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Mensagem por Moriph Sáb Ago 06, 2011 6:16 pm

O som da flauto ressoou com a Porta Secreta de tal forma que a grande pedra começou a se mexer.
Tremendo. O teto inclusive. Lordan sentiu calafrios ao pensar em novos deslizamentos.

Um som metálico é ouvido e a porta vem abaixo, revelando um aposento pequeno, onde as mobílias eram duas Tochas nas paredes, três jarros contendo incensos e um Trono, onde descansava os restos mortais de Demara.

A Orb dos Dragões estava bem visível, abaixo do escudo dourado que carregava. O motivo de todos os acontecimentos até agora era esse pequeno globo vermelho cujo poder era tanto, que deveria ser destruído.

Lordan pegou uma das tochas e andou até o corpo mumificado. Era realmente Demara. A coroa, que sumira com ele, estava ali, em sua cabeça.

O clérigo estava curioso. Seria a chave/flauta a única proteção da Orb?
Pegou-a com a mão esquerda e lançou um olhar interrogativo à Silverleaf.
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Mensagem por Maka Albarn Ter Ago 16, 2011 5:43 am

Lordan extraiu da flauta uma doce melodia, muito parecida com as que eram tocadas nos festivais de sua terra. Fechou os olhos e a nostalgia preencheu sua cabeça, e quase no mesmo instante, um tremor trouxe o trouxe de volta ao presente. Segurou-se na primeira parede que achou, procurando manter seu equilibrio, quando, do mesmo modo que começou, terminou, muito rápido.
Depois que isso passou, e que novamente, Halfmoon pode confiar em suas pernas para andar até a porta que acabara de ser aberta. Não confiou em seus olhos. Não poderia ter sido tão fácil assim. Com uma mão no seu novo presente (Zahroc), já preparado para qualquer tipo de eventualidades, notou que alguma coisa não estava perfeitamente em ordem, como deveria estar. Parou a frente da recém descoberta porta e olhou para dentro. Viu perfeitamente Demara sentado no seu trono de direito, com seu corpo mumificado protegendo a Orb. Um delicioso cheiro invadiu as narinas élficas, vindas, talvez, de óleos perdumados. Mesmo com essa vista maravilhosa, alguma coisa no íntimo de Silverleaf gritava: Perigo!
Concentrou sua respiração para que ela ficasse mais silenciosa e se pôs a ouvir todos os barulhos provenientes daquela sala

Teste de ouvir
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Mensagem por Rotieh Ter Ago 16, 2011 4:14 pm

Capítulo III - O Segredo de Demara - Página 4 Divises-4

Nada.

A orbe fora removida do descanso de Demara, e nada mais fora ouvido. Lordan parecia despreocupado. Talvez o cansaço lhe tenha removido parte da prontidão. Em uma das mãos, a tocha recém-removida da parede. Na outra, a orbe pesava em seu vermelho-rubro cristalino.

Um pequeno estalo.

Os ouvidos élficos atentaram para o som, e Lordan voltou-se para trás, encarando novamente a face mumificada de Demara.

Outro. Mais outro.

Um movimento pouco mais brusco do ar arrancou uma fina camada de poeira da face de Demara. Logo, tal qual mágica, lufadas de vento circulares passaram a remover todo o pó e partículas que repousavam sobre o corpo mumificado! Logo, o próprio corpo passou a desfazer-se em pó, e diminuia gradativamente seu tamanho e formas, até que restasse sobre seu trono de pedra apenas o côncavo escudo metálico e sua coroa dourada.

Estava desfeita a Maldição de Demara? Teria ele escolhido-vos como novo guardião da Orbe?

Um respeitoso silêncio e uma longa mesura por parte de Lordan.

Uma trepidação na chama da tocha.

Agora, no recinto, apenas Lordan e sua sombra, enquanto Silverleaf Halfmoon aguardava atento ao lado de fora.

Lordan finalmente voltou-se à ele, enquanto a chama serelepe de sua tocha fazia mover sua sombra como se a mesma possuísse vida.

Vida. Vida! Era exatamente o que parecia!

De uma forma surpreendente, a sombra de Lordan pareceu mover-se de forma anormal ao movimento do clérigo ou da movimentação da luz! Moveu-se de forma mais brusca, e Halfmoon pôde notar um ser incorpóreo destacando-se da parede, erguendo-se ameaçador atrás de Lordan! Uma Sombra!

Bestiário:

Capítulo III - O Segredo de Demara - Página 4 Sombra

Sombra:
Uma criatura mitológica, presente nas lendas mais cruéis, as Sombras habitam locais escuros, e geralmente são notadas apenas se assim desejarem, pois podem adentrar a sombra de um aventureiro e permanecerem escondidas o quanto desejarem.

- Ousam interferir no descanso de Demara? Sintam as consequências por seus atos de ganância! - e a criatura parte para cima do grupo com voracidade.

Iniciativa:
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Mensagem por Maka Albarn Ter Ago 16, 2011 8:14 pm

Off: AH! QUE FELIZ *-*
On: Suas orelhas sensíveis capturam ruidos vindos da sala, logo depois que Lordan pega a Orb em mãos. Alguma coisa estava errada alí. Suas pernas queriam fugir daquele lugar o mais rápido possível, mas sua vontade de lutar pela morte de Delvar, Slinker e Morganth eram maiores. Assim que viu algo suspeito, sussurou a Lordan
- Ei! Traga a Orb até aqui! Rápido!
Colocou o precioso objeto enrolado em sua bolsa, num canto alí perto.
Entrou na sala, com os olhos observando cada movimento da chama, e com o punho pronto para atacar qualquer oponente. Até que uma voz ecoou pelo salão.
- Ousam interferir no descanso de Demara? Sintam as consequências por seus atos de ganância!
Assim que viu algun vislumbre do ser que atacava, Halfmoon o golpeia com Zahroc.
Iniciativa
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Ataque
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Dano
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Mensagem por Maka Albarn Ter Ago 16, 2011 9:22 pm

Não acertei, mas vamos rolar os dados certos, né?

Dano
Maka Albarn efetuou 2 lançamento(s) de dados Capítulo III - O Segredo de Demara - Página 4 D6 (d6.) :
4 , 3
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Mensagem por Moriph Ter Ago 16, 2011 9:24 pm

Quanto mais o tempo passava, mais Lordan se sentia confortável. Parecia que finalmente havia cumprido mais uma missão. Não uma, A Missão. Aquela Orb vermelha fora conquistada pelo seu grupo, o Bem. Não seria naquela ocasião que o Mal obteria êxito sobre o Bem.

Estalos chamaram a atenção do Clérigo, mas ao ver o corpo mumificado começar a desaparecer, entendeu que aquele era o momento de Demara descansar de sua guarda. Quase pode sentir a alma do antigo Rei partir para o Paraíso.

-Pó ao Pó. Não se preocupe, seu artefato está em boas mãos. Que Iomedae guie sua caminhada até os Céus.

Fez silêncio.

- Ei! Traga a Orb até aqui! Rápido!

Era a voz de Silverleaf que o despertara de sua prece. Virou-se e disse.

-Não se preocupe, nossa missão está con-

- Ousam interferir no descanso de Demara? Sintam as consequências por seus atos de ganância!

Sua sombra se mexeu assustadoramente, como se borbulhasse. Sua forma foi mudando gradativamente até formar uma espécie de monstro.

Mas era sombra. Lordan não teria como golpeá-la. Sabia muito bem que sua maça só servia para golpear seres sólidos.

A tocha em sua mão lhe deu uma repentina idéia. Se estivesse correta, poderia deter o avanço das Sombras.

Nas suas coisas estavam o cantio com a água meio salobra do Poço e a capa de Slinker. Pegou um dos cantos da capa, encharcou-o com água e cobriu a tocha com aquele pano molhado. Se conseguisse apaga-la, sua sombra sumiria e talvez a Sombra também perderdesse sua forma.

Iniciativa: Moriph efetuou 1 lançamento(s) de dados Capítulo III - O Segredo de Demara - Página 4 D20 (d20.) :
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off: Teoria FullMetal Alchemist
Como derrotar Pride ;D
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Mensagem por Rotieh Qua Ago 17, 2011 8:15 pm

Rolando dados aqui, filhotes, esperem meu próximo post!

Ataquinho:
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14

Daninho (d4+1):
Rotieh efetuou 1 lançamento(s) de dados Capítulo III - O Segredo de Demara - Página 4 D4 (d4.) :
4

- PS.: É uma sombra, e é classificada como "Morto", mas pode ser expulsa com o Poder da Fé de um Clérigo! Perdão ao Razar, pois passei uma informação incorreta!
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Mensagem por Rotieh Qua Ago 17, 2011 8:22 pm

Capítulo III - O Segredo de Demara - Página 4 Divises-4

Imediatamente, em uma súbita iluminação, Lordan passa a buscar seu cantil em sua cintura! Os dedos cansados e empoeirados deslisam sobre seus pertences até encontrar o que necessita! Finalmente! O cantil encouraçado em pele de althäs surge à vista, mas no mesmo instante um estranho sentimento envolve o corpo do devoto!

Como se uma lâmina de gelo houvesse perfurado um de seus ombros, sente queimar sua pele, uma queimadura gélida, insuportável! A sombra havia fincado um de seus dedos alongados no clérigo, que sentia sua força sendo drenada!!!

Halfmoon incita sobre a criatura antes que o dano fosse maior, brandindo sua espada, obrigando-a a largar Lordan para esquivar-se da lâmina poderosa!

Este foi o momento esperado por Lordan, que trata imediatamente de apagar sua tocha!

Ergue-se com certa dificuldade, uma estranha tontura toma conta do clérigo! Halfmon prostra-se frente à sombra! Cuidado!

===============

Ações, galerinha!

A Sombra não desapareceu após apagada a tocha!

Lordan com -5 PVs. -1 ponto em Força.
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Mensagem por Moriph Sáb Ago 20, 2011 4:43 am

Mais Expulsão clerical:

Através de sua fé, um clérigo é capaz de afugentar mortos-vivos. Isto significa que podem ordenar a um monstro morto-vivo (ou grupo) que recuem. O monstro poderá retornar e atacar novamente, mas deve esperar um certo tempo para isso (geralmente uma hora).

Para expulsar mortos-vivos, o jogador lança um dado de 20 faces e observa seu resultado de acordo com o padrão mostrado:

  • Esqueleto: 10
  • Zumbi: 13
  • Carniçal: 16
  • Sombra: 19
  • Vulto: 20


Exemplo: Se Demestro, o Justo, quiser expulsar um grupo de 3 carniçais, ele deve jogar o dado de 20 lados 3 vezes, uma para cada carniçal. Todos os resultados iguais ou superiores a 16 significam um sucesso na expulsão.

Vou usar a Expulsão Clerical, então preciso tirar um 19 ou um 20 no dado, o que é impossível:
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Mensagem por Maka Albarn Qua Ago 24, 2011 2:37 am

A criatura havia atacado Lordan com o que parecia seu braço. Embora não houvesse reclamado, Halfmoon sabia que aquele golpe havia arrancado de Lordam muito mais do que dor. Brandiu a espada e o ser se afastou, deixando seu companheiro em paz. A paz que precisava para deixar a mão procurar pela água e apagar a tocha. Halfmoon achou aquela ação uma idiotisse e disse ao seu amigo: Vá Embora daqui, Lordam! Pegue a orb e saia da sala! JÁ!
Se postou em frente a criatura e atacou mais uma vez o que poderia ser sua barriga.
Ataque
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Dano
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2 , 4

Spoiler:
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Mensagem por Moriph Qua Ago 24, 2011 3:35 am

Uma das tochas fora apagada, mas acarretou sérios danos.

Ao levantar, Lordan percebeu que sua recém adquirida Armadura estava mais pesada do que deveria. Sua Maça e seu Escudo, companheiros por toda uma vida, também.

Sua mente o levou até seus anos de estudo das criaturas que abitam o submundo. Seu instrutor mencionara a Sombra. A cada toque, a criatura privava o corpo atingido de sua força física. Era o inimigo mais evitado dos Guerreiros.

Mas sua Fé poderia afastá-lo. Se conseguisse canalizar o Poder de Iomedae através de uma prece, poderia afugentar a aparição.

-Vá Embora daqui, Lordam! Pegue a orb e saia da sala! JÁ!

Silverleaf talvez não entendesse sua linha de raciocínio. Ele tinha certeza de que apenas Morganth poderia compreendê-lo.

A falta dos antigos companheiros o fez atacar:

-Criatura vil que habita as trevas... Suas ações, embora corretas, estão atrapalhando o andar da Paz. Viemos aqui para destruir a Orb que está em minha posse e não roubá-la para utilizar de suas propriedades em benefício próprio. Você faz parte da última linha de defesa criada por Demara, por isso não pretendemos lhe infligir dano algum. Afaste-se daqui, pois Iomedae gia meu caminho e carrego o Estandarte da Paz. Afaste-se para podermos cumprir nosso objetivo que custou o sacrifício de nossos companheiros. Afaste-se para podermos dar um fim à Maldição de Demara.


Por alguns momentos, a Sombra pareceu se dissipar, como se fosse uma imagem num lago sendo deformada pelas ondas. Mas, com um movimento dos braços, ela "quebrou" a perturbação e a afastava, ficando mais viva do que nunca.

Em contrapartida, uma onda de sono e cansaço atingia Lordan violentamente. Era como se não tivesse dormido nos últimos três dias. Era um dos efeitos do toque da Sombra. Pelo que parecia, fora atingido brutalmente.

Ainda restava uma tocha, a Orb estava em sua mão, Silverleaf empunhava Zarohc, e o caminho que separava a água das chamas era o suficiente para mais um ataque. Lordan sabia que não iria conseguir. Partiu em carga. Era a única maneira.

-Me Abençoe, Iomedae. Acho que o momento de minha morte está para acontecer, mas minha missão ainda não foi cumprida. Deixe-me vivei mais um pouco. Dai-me força para romper essa última barreira.
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Mensagem por Rotieh Qua Ago 24, 2011 8:18 pm

Capítulo III - O Segredo de Demara - Página 4 Divises-4

A criatura parecia rir dos esforços do devoto! Ergueu-se imponente e provocativa, deixando seu corpo irregular tremulando em resposta às nuances de movimento desenhadas pela chama da segunda tocha.

- Iomedae? Parece que seu deus não pode te ouvir aqui, meu velho. Deixe-me guiá-lo ao encontro dele!- mas sua voz parou bruscamente.

Com um golpe veloz, Zharoc atravessou seu abdômen, riscando fagúlhas em seu corpo enevoado.

- Nnngh... mas... como...? Uma... uma lâmina mágica? - parecia surpresa. Nenhum objeto deveria trespassar seu corpo. Zharoc era uma espada dotada de mistérios imprevisíveis aos olhos da sombra.

Seu corpo desfez-se no ar, enquanto seus olhos sangravam um líquido pegajoso e espesso, negro como petróleo, visível ao reflexo da luz.

- Demara... Dema... - estava feito.

Nas mãos de Lordan, a Orbe. Nas de Halfmoon, Zharoc.

Nada mais havia de Demara.

Nada mais havia de empecilho.

Lordan sentiu o cansaço subir-lhe à cintura, e suas pernas fraquejaram. Estava próximo à exaustão. Ao menos, o caminho agora seria leve e prazeroso.

Aquele ar mofado das ruinas finalmente ficaria apenas na lembrança dos que se foram.


===========

Podem postar o que fizeram de uma única vez. Se sairam, se voltaram à cidade, se levaram os ex-escravos e tudo mais!

Um bom post espero!

;)

Bom divertimento!
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Mensagem por Moriph Qua Ago 31, 2011 9:00 pm

Parte 1: Conclusão na Sala Secreta

Seu corpo formigava e ele não conseguia fazer esforço algum. Seus músculos necessitavam de descanso.

A sua frente, Silverleaf atacara majestosamente o ser que estava protegendo a Orb. O movimento foi suave e o golpe, preciso.

- Nnngh... mas... como...? Uma... uma lâmina mágica?

-Você deveria saber, meu caro. Deuses escrevem certo por linhas tortas. Esse não era o fim desejado, mas não havia outra saída. Foi você quem escolheu o próprio destino. Encontre Iomedae e aceite seu veredito. Faça uma boa viajem e descanse em Paz.

Seu corpo desfez-se no ar, enquanto seus olhos sangravam um líquido pegajoso e espesso, negro como petróleo, visível ao reflexo da luz.

- Demara... Dema... - estava feito.

Um minuto de silêncio em tributo ao último guardião da temida Orb Dragões.

Parte 2: Enterros e Despedidas

Lordan pediu que todos ajudassem no enterro de deus companheiros.

Infelizmente, os corpos de Delvar e Slinkes jamais poderiam ser encontrados, então iria cremar seu Machado e sua Capa, respectivamente.

Juntaram pedaços de madeira e os corpos no Altar, localizado próximo a entrada do Castelo.

Utilizaram os óleos encontrados na Sala secreta para preparar os corpos para a cremação.

Todos em volta. Lordan, com a outra tocha mágica em mãos, rezou em voz alta.

-Os bravos que morreram nesse castelo jamais serão esquecidos. Bardos entoarão muitas canções sobre essa Missão e seus nomes entrarão para a história, quando um grupo diferente de aventureiros impediu o caótico Bonagnesher de encontrar a poderosa Orb dos Dragões. Iomedae, guie e abençoe a esses três falecidos, cuja coragem foi de vital importância para impedir o Mal. Por favor, receba-os de braços abertos.

Jogou a tocha, virou às costas e jamais voltou a encarar aquele Altar novamente, por toda a sua vida. Tudo por vergonha, por não ter salvo seus companheiros, e saudade de ter a companhia deles. As lagrimas caiam descontroladas de seu rosto e seus soluços puderam ser ouvidos por todos. Assim, Lorda, o Puro, se despediu de seus amigos.

Atirou pedras para arrombar a porta da sala dos tesouros. Dividiu os lucros igualmente entre ele e Silverleaf. Em seguida, deu uma parte do próprio lucro para os escravos, lhes dizendo:

-Usem sabiamente esse dinheiro. Usem para voltar para casa, reconstruírem seu lares e voltarem a ter a paz que lhes foi tomada.

Também lhes deu os cavalos usados por seus companheiros mortos. Assim eles poderiam voltar para casa.

Faltava uma pessoa: O Elfo.

-"Garoto", foi bom lutar ao seu lado. Sei que você precisa voltar à sua terra, pois Taran não habita mais este mundo. Mas, se quiser vir comigo, vou até o lugar onde a Missão foi dada, para entregar a Orb ao mago Netheril. Assim sendo, adeus Amigo.

Aperto de mãos...

Parte 3: O fim da Missão

Chegou em Cionasta ao por-do-sol. Andou sem pressa pela entrada, pois agora sabia que o seu papel no mundo fora cumprido.

Foi imediatamente até a Torre do Mago, onde encontrou Netheril.

Colocou a Orb e a flauta sobre a mesa e disse:

-Três de meus companheiros morreram, mas eles fizeram de tudo para que o Mal não triunfasse. Aqui está a Orb e a Flauta Mágica que abria a porta para o Túmulo de Demara. Fique com elas.

Por fim, dividiu seu dinheiro em três partes: uma delas ele doou para Igreja, outra dividiu e deu aos pobres da região. A terceira, usou para comprar um teto para chamar de lar.

Foi o fim dos dias cheios de aventuras de Lordan.

Obs: A parte três foi adaptada trabalhando na hipótese da Maka resolver voltar para sua terra. Se ela vier comigo, o final será um pouco diferente .-.
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Mensagem por Maka Albarn Qui Set 01, 2011 8:15 pm

Abrira mão de sua própria defesa para cuidar do seu irmão, que agora tentava usar palavras para ganhar a batalha. Halfmoon sabia que não era assim que ia conseguir a vitória. Esboçou um sorriso dos esforços inúteis do companheiro, e partiu para o ataque, sem nem saber o que a sombra respondeu. A lâmina rasgou o que poderia ser uma barriga, riscando fagulhas no corpo enevoado.
- Nnngh... Mas... Como...? Uma... Uma lâmina mágica?
O corpo se desfez no ar, como se fosse fumaça. Os olhos eram de negros iguais aos da noite. O líquido começou a transbordar pelas pálpebras, espesso.
Depois de tudo isso, havia apenas o silêncio.

-------------

Aos companheiros falecidos, os escravos e Lordan prestaram uma última homenagem, cremando seus pertences com o óleo abençoado por Demara, para que suas cinzas se encontrassem com aqueles espíritos guerreiros.
Depois de algumas palavras emocionadas de Lordan, a tocha deslizou para os corpos, e tudo virou fogo. Halfmoon olhava para a cena, emocionado. Os corpos virando carvão, e um clérigo chorando pela perda de seus companheiros. Queria muito conversar com ele, e dizer que em seus vários anos de vida, havia perdido seus melhores amigos, humanos, para a ceifeira. Queria dizer para ele não se sentir triste, porque aqueles que amava estariam sempre na sua lembrança.
Por mais que esses pensamentos passassem pela sua cabeça, ele nada disse. Aquela era uma lição que ele teria que apenas os anos poderiam lhe ensinar.
Sendo assim, Halfmoon apenas disse algumas poucas palavras de despedida a Lordan, e mais algumas ao Castelo, tumba agora não só de Demara, mas agora também de Slinker, Delvar e Morganth.

--------

Chegando a sua aldeia, Halfmoon foi ver sua família. Seu coração já não agüentava mais de tanta saudade. Explicou rapidamente o que havia acontecido com Taran à sua mulher, que, escandalizada, pediu para que não terminasse a história, pois queria manter viva na lembrança as belas feições do elfo.
Já um pouco mais dencansando, foi até os anciões da tribo, e contou-lhes mais detalhadamente o que havia acontecido. Contou sobre os orcs, sobre Demara, sobre o estranho grupo que o havia ajudado a cumprir a sua missão. Um aperto no coração o fez não pensar muito no ocorrido, achando melhor pensar neles como heróis. Uns heróis bem idiotas, pra falar a verdade. Afinal, no que pensava Delvar quando se jogou contra aquela pilastra? E Slinker, que havia se lançado numa corrida desenfreada contra o desmoronamento para salvar a vida de seu companheiro. Porém, a morte que mais pesava era a de Morganth. Ele havia morrido em seus braços, o que fez Halfmoon se sentir impotente.
Depois de relatar tudo aos chefes, voltou a sua casa, para tomar um banho, e continuar com a sua vida.
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Mensagem por Rotieh Seg Set 05, 2011 4:58 pm

Capítulo III - O Segredo de Demara - Página 4 Div-06

O elfo caminhou até desaparecer com sua montaria por entre as matas que divizavam o ambiente em um contraste intimidador.

Os seus estavam a partir, sem esperanças de retorno de Halfmoon ou mesmo de Taran. Fora uma sentinela a notar a aproximação de Silverleaf, e uma corneta ressoou nos bosques!

A recepção fora calorosa, com bardos e liras, hidromel e comidas fartas!

Taran recebera todas honrarias segundo a tradição dos elfos, e Halfmoon fora rei naquela noite. Uma pena que seu reinado durara tão pouco: exausto, dormiu ao relento enquanto os elfos dançavam cantigas ao seu redor.

Na manhã seguinte despertou em bálsamo de pétalas, e seu corpo não estava mais dolorido.

Nú, parcialmente emerso em uma fonte natural, olhou ao redor na tentativa de reconhecer o recinto. Haviam roupas nobres e limpas ao lado, recostadas em uma rocha. Ninguém mais ali estava.

Fechou os olhos e tentou apreciar mais daquela sensação.

Ao seu lado o jovial Taran velava seu sono. O heróico elfo não podia notá-lo mas entendeu em seu coração que ele ali estava pouco antes de deixar de sentí-lo por completo.

Sorriu solitário antes de retornar novamente para junto dos seus.

---

Lordan adentrara os limites das fazendas próximas a Cionasta, e aqueles que por esta tarde fresca trabalhavam ergueram-se para observar os quatro cavaleiros atravessando esfarrapados os campos quase mortos que ligavam as Ruinas de Demara à cidadela.

Com solenidade reverenciaram sutilmente aos que ali cavalgavam.

Repentinamente um dos cavalos para. Lordan, incógnito, olha para trás.

Um dos pobres miseráveis que serviram a Bonegnasher joga-se ao chão, de joelhos, derramando-se em lágrimas frente a uma tosca porteira de madeira gasta pelo tempo, necessitando de reparos. Ao lado dela, em uma placa de madeira, em uma rústica caligrafia estavam as palavras "Ao fim, liberdade", e abaixo dela três túmulos marcados em pilhas de pedras simbolizavam os corpos inexistentes, e em cada pedra do topo um nome.

Ali estavam os três desaparecidos para reinvindicar aqueles túmulos.

Alguns se aproximam, mas ninguém os reconhece por entre os rostos magros e maltratados da escravidão.

Estavam enfim em casa.

Uma senhora em preto parece tremer, e suas pernas vacilam por alguns minutos. Com auxílio de alguns trabalhadores ela pode manter-se em pé.

O reencontro era, no mínimo, desesperado, harmonioso, louvável, inquietante.

Apesar da cena, o coração de Lordan apenas transbordava as perdas sofridas. Observou algum tempo antes de se afastar, em silêncio. Recebera um olhar, apenas isso, dos três ex-escravos. Apenas um olhar, pois em palavras sua gratidão não era expressável, nem na língua dos homens nem mesmo em todas as línguas antigas há muito esquecidas.

Adentrou a cidadela.

Nethril estava mergulhado em pergaminhos, iluminado por um toco de vela de tamanho diminuto. Quando notou Lordan suas retinas brilharam, seu rosto corou-se e encheu-se de alegria. Saltou de seu assento de forma entusiasmada, mas antes que desse o primeiro passo, notou a ausência dos demais e a face sofrida de Lordan a encará-lo.

Seu sorriso morreu em seus lábios.

- Lhe asseguro, meu caro Lordan, que neste mundo ou no outro, nenhuma atitude permanece sem consequências. Aqueles que aqui adentraram, mas para cá não retornaram, estão agora atravessando o véu de prata, e além das praias brancas há uma morada destinada tão somente àqueles que puderam sacrificar-se por algo maior. O altruismo vosso será sempre memorável.

Sou um mago, afinal, e minhas palavras não confortam. Ao menos esteja comigo para que o objetivo pelo qual lutaram conclua-se, e que todos alcansemos o descanso.


Recebeu então a orbe.

Caminhou até um velho alçapão. As escadarias abaixo dele levavam ao andar inferior da velha torre. Não havia nada naquela saleta, nada além de velhos rabiscos ao chão. A Orbe fora depositada ao centro dela e ambos afastaram-se.

À medida que algumas palavras eram sussurradas dos lábios de Netrhil, novas centelhas e rachaduras encrustravam-se no artefato, até que o mesmo se partisse em milhares de estilhaços, e os estilhaços novamente se partiram, até que apenas um reluzente pó avermelhado restasse a pairar no vento.

Nada mais fora dito por Netrhil. O velho havia gasto toda sua energia no encanto para destruir a orbe, e nada mais diria em semanas.

Lordan compreendeu que um objeto tão poderoso só deveria ser mesmo destruido.

Subiu as escadas. Havia mais ouro que o combinado nas sacas sobre a mesa.

Ao fim, o descanço.

Capítulo III - O Segredo de Demara - Página 4 006-4

CURIOSIDADES:

- Os dois Kobolds restantes agora dominam as ruinas de Demara, e são Reis sob aquelas paredes! Um novo ninho de Kobolds alastrou-se naquele recinto, mas ninguém vê muito problema nisso, pois os furtos à Cionasta são raríssimos, e geralmente de pequeno porte;

- O cordão que prendia o saco com os pertences de Taran era místico, e poderia ser colocado no arco de Halfmoon, tornando-o uma obra-prima com +3 de acerto e dano;

- Dentro do poço havia uma adaga mágica;

- A túnica do Taran foi enterrada com ele. Era mágica, concedia +3 de armadura e ignorava 2 pontos de dano;

- O verme da carniça poderia ser domesticado;

- O escudo que repousava ao colo de Demara também era mágico, +1 de bonificação;

- Slinker não morreu no desmoronamento. Se tentassem remover as pedras (tentassem mesmo, descrevessem e rolassem os dados - era só perguntar que eu diria o teste) teriam encontrado ele! Ele estaria em um espaço entre as pedras, intacto! Em sua perna ainda estaria a mão do orc a agarrá-lo, e Delvar estaria morto a seu lado. Como ninguém o resgatou, ele morrerá de sede, infelizmente, um triste fim;

- Se ninguém tivesse morrido e conseguissem salvar Taran, o audio final seria:



Considerações finais:

Muito estranho o clérigo ter dado uma arma malígna para seu companheiro elfo ao invés de destruí-la! Hehehe!

As últimas postagens foram demais!

Demais mesmo!!

Curti muito mestrar o First! Infelizmente ele desandou no meio do caminho, mas não perdeu o brilho!

Estou trancando este tópico, mas podem comentar (e muito) no chat!!!
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