Capítulo I - Uma Corrida contra o Tempo!

Eu sentia o perigoso conflito de opiniões dentro do nosso grupo. Mas também pudera, essa é uma situação difícil. Uma decisão errada pode desmantelar a equipe. Parece que o comboio estava levando reféns com eles. Só que eu ainda não via sentido em tomar rotas alternativas e fazer nativos prisioneiros se o objetivo é criar a base avançada. Talvez a criação da base fosse uma desculpa para obter algo mais nesse planeta... O que importa agora é essa equipe entrar num consenso.

A discussão se concentrada nos dois jedis, apesar de envolver todos. Decidi intervir:

- Senhores, se me permitem a palavra... A nossa missão não é de resgate. Temos o tempo contra a gente e desperdiçá-lo é a última coisa que deveríamos fazer, mas os separatistas não colocam um comboio desse tamanho rondando e fazendo reféns a toa. E eu não vejo problema em frustrar os planos separatistas...

Eu to torcendo para que essa seja uma boa decisão.

Confusão.

A última coisa que se espera num momento tão crucial.

A Twi'lek parecia determinada a resgatar o homem-cogumelo, mesmo sem conhecê-lo. Gale, por algum motivo, parece ter comprado a idéia. Porém, o outro Jedi mantinha em mente o plano inicial. Ele seria o responsável por tentar um acordo com a estranha raça daquele planeta.

A missão deles era simples: chegar ao planeta e buscar um acordo. Mas desde a batalha no espaço, nada mais seria tão simples. Queda, luta por chifres, poeira, sangue negro nas rochas... E agora todos falando várias coisas ao mesmo tempo. Não poderia aguentar mais!

- Ora, calem a boca! - soltou sem pensar.

- Por mais que eu odeie esses pedaços de lata, não leve para o lado particular, RX, você é legal... - permitiu-se uma observação olhando para o companheiro droid. - Nossa missão não é esse. Se vocês querem tanto chutar o traseiro deles, podemos ir para a cidade deixar o Jedi ali que eu já esqueci o nome e depois voltarmos para procurar o comboio. Vai ser fácil encontrá-los na escuridão, olhem como eles chamam atenção - e apontou para a grande luminosidade por trás das montanhas.

As opiniões estão divididas. Um clone mandando Jedis calarem-se... lol

Bapan vê que Gale não esta priorizando a missão. Parece que algo esta afetando sua percepção e atrapalhando seus pensamentos. Será que estaria muito cedo para que ele estivesse em uma missão solo sem seu mestre para orienta-lo?

O Jedi aproxima-se mais uma vez de seu companheiro de ordem para um dialogo entre os dois.

-Gale, ainda existe algo que o incomoda nesta missão?
-Não deixe que sentimentos o guiem.
-Foque seus pensamentos em nossa tarefa. Siga os ensinamentos de seu mestre (foi mal, não achei o nome dele), qual o caminho que ele seguiria?

Gale estava irredutível.

-Não há emoção...há serenidade...agimos para preservar a vida...e servimos aos outros mais do que a nós mesmos.

Termina Bapan com trechos do Código Jedi esperando assim a resposta definitiva de Gale.

Verifica mais uma vez seus pertences, o estado de seu sabre e retorna para seu veículo.

“Será que estou fazendo o certo? Que a Força seja meu guia.”

Pfff... Hipócrita. - Disse olhando para Bas. - Por acaso o dinheiro prometido pela missão deixou-te cego?

Bapan disse:

-Gale, ainda existe algo que o incomoda nesta missão?
-Não deixe que sentimentos o guiem.
-Foque seus pensamentos em nossa tarefa. Siga os ensinamentos de seu mestre, qual o caminho que ele seguiria?

-Não há emoção...há serenidade...agimos para preservar a vida...e servimos aos outros mais do que a nós mesmos.

- Você não vive por nenhum propósito Bapan? Não vê que existe uma possibilidade de salvarmos essa vidas e mesmo assim ainda conseguirmos completar a missão? Tudo está em nossas
mãos. - Sua paciência já estava se esgotando. Essa indecisão só estava os atrasando.

- Bas, o que você sentiu quando os Jedis foram me buscar e sequer olharam para a desgraça em nosso planeta? Deixando-te junto ao lixo.

Mauth escreveu:Pfff... Hipócrita. - Disse olhando para Bas. - Por acaso o dinheiro prometido pela missão deixou-te cego?

- E o poder que você tem agora compensa o sangue derramado de sua família e seus amigos? - respondeu de má vontade. Ambos sabiam que nada daquilo era verdade. Não era pelo dinheiro. Não era pelo poder. Mas eles simplesmente não podiam evitar aquilo.

Mauth escreveu:- Bas, o que você sentiu quando os Jedis foram me buscar e sequer olharam para a desgraça em nosso planeta? Deixando-te junto ao lixo.

- Eu preciso mesmo dizer? Você sabe muito bem o que senti quando soquei sua cara. Mas essa guerra não é a nossa, você sabe disso! Você fugiu da nossa verdadeira guerra e agora quer que lutemos por... sei lá quem são esses caras!

Desde o inicio da missão Gale e Bas não haviam trocado sequer uma palavra. Tinham muito o que conversar, mas o orgulho acabou deixando tudo de lado. Justamente agora, num momento delicado, tudo aquilo estava voltando a tona. Passaram-se muitos anos desde a partida do Padawan do planeta onde crescera, mas mesmo assim aquela guerra ainda estava de pé, principalmente nos corações daqueles que já a sentiram quando pequenos.

Cada vez mais as palavras tornavam-se ácidas, o momento era de extrema tensão na missão, aquelas lembranças somente incendiavam a efervecencia do momento. Logo, certamente alguêm perderia a paciência.

Você fugiu da nossa verdadeira guerra e agora quer que lutemos por... sei lá quem são esses caras!

O quê?! Você acha que foi fácil deixar tudo para traz?! - Gale não ouvia mais nada que os outros falavam no momento, agora a discussão era somente entre ele e seu Primo. - E outra, oquê é que você está fazendo aqui então? Tenho certeza que a guerra perdura até hoje!Se eu sou, você também é um COVARDE!

Yohali olhava a discussão que havia começado com uma coisa tão pequena. Agora, o Jedi cuspia as palavras em cima do Piloto, como se a muito já estivessem o sufocando. Já não aguentando aquela discussão, a roxinha toma uma decisão, e diz:
- Bem, eu vou atras daquele comboio de latas. Quem quiser vim, que venha. Se não quiserem... Bem.. Tchau. - Yohali montou na sua bike, e olhou para o rosto dos seus companheiros, vendo se algum deles viria com ela. Olhou para Ghost, e desejou que ele ficasse. E se acontecesse o pior lá? O chão, cheio de corpos, era a prova viva de que os dróides estavam preparados para lutar. Yohali sabia que aquela missão era arriscada.. Mas não permitiria aquilo, tão perto assim.

Entreolharam-se. Só o que não interrompeu sua marcha fora o tempo.

O ruído dos motores da Speeder de Yohali irrompeu o silêncio. Ela estava decidida a partir, mas era inconsequente e não mediu suas atitudes. Ghost bem sabia que não se podia esgueirar-se aos flancos inimigos sem ser visto sobre o confortável estofado de um veículo, por mais silêncioso que ele seja. Era necessário seguir à pé (colher de chá: vou assumir que ela só ligou o veículo, ainda não saiu).

Gale Kaarl havia se desprendido de sua discussão com o piloto da nave, partindo a caminhar entre as latas na direção dos morros. Era um jedi de espírito flamejante, mas igualmente inconsequente aos olhos do clone ACR.

Seguindo-o, ainda relutante, o piloto chutava alguns esqueletos positrônicos pelo caminho, frustrado.

Aqueles três não teriam sucesso em uma missão furtiva, de modo algum. Tocou no ombro de Bolt e jogou-se encosta abaixo, arrastando consigo os explosivos confeccionados e o plug básico remoto para a explosão.

"Então é isso, Gale", pensou Bapan quando seu companheiro jedi lhe voltou as costas.

Escalou a encosta ao lado oposto para alcançar sua speeder ao topo. Rx manobrou uma segunda speeder até parar a seu lado, demonstrando que ele não estaria sozinho.

A rotação dos motores da Speeder de Bolt diminuiu seu som gradativamente, até que estivesse ao lado oposto de Bapan. Eram um bom time. Hora de concluir a missão.

E assim o grupo dividiu-se, e foi desfeita a Sociedade Republicana. O destino da guerra estava comprometido.


A grandiosa Haali erguia-se como um imenso templo branco iluminando os arredores durante a noite. Sua arquitetura era única, um dos inúmeros pontos invejáveis da raça Bith.

O majestoso cenário era iluminado por luzes artificiais projetadas em seus muros, em tons claros de roxo e amarelo, que, com o surgir de Athälli e Zennüa ao horizonte por trás da vista de Haali, contribuia para que a cena fosse ainda mais bela.

Spoiler:

Toda a estrutura da cidade permanecia sobre um estreito morro alongado que descia sobre a superfície cristalina de um grande lago espelhado. Apesar da localização ser vislumbrante, a distância da margem do lago até os portões da cidade impedia que as speeders continuassem seu percurso. O acesso parecia simples apenas para veículos aéreos, mas nenhum lhes surgia à vista nos céus.

Repentinamente um filete colorido extende-se até a margem onde vocês se encontram. Logo o pequeno risco de luz se expande, criando uma incrível ponte flutuante transparente, tal qual um cristal ou laser resistente, convidando o grupo a adentrar seus portões.

Ao fim dela, quem tentar usar um binóculo notará, dez Biths os aguardam, trajando uniformes elegantes em tonalidades de azul. Todos dez dispostos lado a lado como em um corredor, eretos e com as mãos unidas atrás do corpo, uma maneira bastante elegante de aguardar os novos visitantes.


Além da primeira encosta já puderam notar o movimento das tropas inimigas.

Do topo, Ghost pôde tomar uma visão privilegiada e instruir seus aliados para o sucesso.

Era um comboio formado por dois tanques da federação, no modelo mais comum de blindagem baixa. Ghost sabia que um tanque daqueles abrigaria ao máximo três dróides cada, recordando-se de seu treinamento intensivo. Além dos dois tanques, outros dez dróides apenas caminhavam em formação V ao seu redor, escoltando-os.

Spoiler:

Andavam vagarosamente, provavelmente em reconhecimento ou em algum pente fino.

Mas foi Gale quem sentiu uma estranha presença vinda da pequena tropa: um violento distúrbio na força atinge os sentidos do jedi, como se uma garra avermelhada lhe tentasse alcançar na escuridão, escurecendo momentaneamente sua visão e trazendo à tona um inesperado sentimento vil, mesquinho e cruel.

Recompôs-se assim que ouviu Bas jogar-se ao seu lado no chão, de onde estavam a espionar a frota adversária.

Yohali estava a seu outro lado, percebeu finalmente. Talvez pelo distúrbio de agora ou distração, mas não pôde notar a aproximação da twi'lek ou mesmo ouví-la acomodar-se no chão. Ninguém poderia.

Ghost era o único um tanto afastado, teria a chance de montar a estratégia mas deveria ser rápido: apesar do movimento lento, ainda havia um ponto a considerar: na parte traseira dos dois tanques pendiam redes carregando amanis capturados. Eram seis no total e estavam desacordados.

Explodir todo o comboio seria uma ótima solução, se não considerassem a vida daqueles seres. Se alguém pensasse em resgatar algum poderia por em risco a operação.

O que fazer?


*PS: vocês estão ligeiramente mais altos que o comboio dróide, 7 metros apenas. Dá para tentar atravessar para o outro lado e subir também, só esclarecendo para que vocês tenham total liberdade de jogo!

RX infelizmente não possúi sentimentos para ficar deslumbrado, apenas acessa seus scanners para registrar mais um local em seu arquivo e pesquisar por um mapa geral em seu HD.

Enquanto letras e pequenos quadrados contendo mini mapas saltam ao vidro protetor de seus olhos positrônicos, uma ponte de cristal é formada, traçando um longo caminho até a entrada principal da cidade.

- Os Biths são criaturas pacíficas, mas não são desconhecedoras da guerra. Meus cálculos apontam que há uma grande chance de estes seres já conhecerem que são um importante ponto estratégico, e provavelmente já se reuniram para escolher um dos lados. Meus gráficos apontam que ainda temos alguns minutos de vantagem quanto a Nute Gunray, possívelmente, se nos foi permitida a entrada, o lado da República prevalesceu. Não encontro em meus registros, senhor, mas a comitiva à nossa frente provavelmente é uma parcela do exército local. Devem estar pretendendo nos escoltar diretamente ao embaixador Tsendalla Ordamash.

Disse, enquanto o último dado era processado.

- Aguardando ordens, senhor.

Finalmente parte da missão esta completa, poucos dos membros chegam à majestosa e linda cidade Biths.

Momentaneamente um sorriso passa pela face de Bapan, a cidade estava logo ali.
Um pequeno comitê nos espera do outro lado da passarela formada. Enquanto RX relata suas informações Bapan sente-se eufórico. Sua primeira missão como “embaixador”. Como deveria se portar, o que dizer?

Enquanto atravessam a passarela luminosa, respira fundo, coloca suas emoções e pensamentos no lugar, sabe exatamente o que fazer, presenciou inúmeras vezes seu mestre em ações como esta, a diplomacia é a chave para a união.

-Muito bem RX, obrigado. Respondendo ao droide por suas informações disponibilizadas.
-Assim que possível verifique os sistemas (no estilo R2D2) e os dados da cidade. Planos de defesa e poder bélico. Algo passa pela cabeça do Jedi.
-Devemos nos encontrar logo com embaixador Tsendalla Ordamash para tratarmos dos termos da nossa aliança com a República.
-Bolt! Tudo bem?

“Como será que esta o restante da equipe”. “Gale... concentre-se na Força, e cuidado com suas emoções”.

OFF: Se nada de errado acontecer durante nosso translado, continuaremos com as “formalidades”.

A cidade se mostra imponente a frente do pequeno e desfeito grupo, Bolt fica admirado pela arquitetura da cidade dos Biths.

Logo ao se aproximarem o droid RX dispara uma infinidades de informações sobre esta raça, informações que serão de grande valia para o grupo.

- Muito bom RX, essas informações são de grande valia. Respondeu o Clone.

Bolt olha tudo a sua volta, sempre alerta a qualquer movimento hostil. Quando a sua frente um risco de luz se transforma em uma ponte flutuante o qual os levará para os portões da cidade.

Durante a caminhada pela ponte Bolt se perde em alguns pensamentos ou até mesmo em estratégias de fuga para caso haja necessidade, quando uma voz o chama.

-Bolt! Tudo bem?

-Sim senhor, esta tudo certo, eu apenas estava pensando em algumas coisas, nada de mais. Respondeu o Clone ao Jedi

Bolt estava posicionado ao lado direito do jovem Jedi, o qual estava a poucos metros a sua frente.

Covarde.

Era melhor engolir aquilo do que transfigurar o outro lado do rosto de seu "primo", agora bem entre aspas.

A união havia sido quebrada.

Não havia confiança.

A missão estava em risco.

Seguiram. Os inimigos estavam logo ali, depois de uma encosta, na parte baixa de um desfiladeiro. Eram alvos fáceis. Poderiam simplesmente explodi-los daquela altura. Mas havia os reféns...

- E então, qual o plano? Explodimos todos e torcemos para que algum homem-cogumelo sobreviva? - perguntou sarcasticamente. Mas com sua questão, algo realmente o incomodou naquela hora.

- É... Se a gente realmente salvar esses caras, o que vai impedir que eles partam pra cima da gente? Alguém fez um curso básico do dialeto deles com aquele monte de lata antes do grupo se dividir?

Pois é. O único que podia se comunicar com aquelas criaturas agora estava longe dali. RX seguiu com o grupo principal para terminar a missão enquanto eles estavam ali vigiando latas e vermes.

Respirou fundo.

- Qual o plano mesmo?

- Não os chame assim. E não, não vamos explodir tudo... Ainda... Se houvesse alguma distração... Eu poderia ir até lá embaixo e salva-los... Gale! Hey! Você tem alguma ideia? - Olhou para Gale, que parecia estranho, como se soubesse de uma coisa terrível, que ninguém sabia.. Uma coisa ruim...
Yohali ainda pensava em como iria resgatar aqueles reféns, e em como se comunicaria com eles depois.
Eles iriam precisar de sorte para terminar aquela missão...

Brigas e mais brigas inflamavam aquele frágil grupo. Acusações e xingamentos enchiam seu comunicador até que se considerou farto das intrigas e abaixou o volume do comunicador. Não estava nem um pouco interessado nos problemas pessoais daquele grupo, com exceção a Yohali... Mas prezava o grupo, só que isso parecia um desejo a muito impossível.

Pelo menos a briga envolvia o que se fazer para prosseguir na missão. Realmente não tinhamos muito tempo pra perder, mas aquele batalhão podia ter um papel crucial na investida separatista. Sinceramente, eu estava indeciso e neutro. Seguiria o que o grupo decidisse.

Mas algo mudou minha neutralidade.

Aquele ser roxo com toda a sua leveza e inconsequencia. Subiu na speeder, determinada a atacar os droides. E pra terminar, me lançou um olhar que fez meu corpo travar. Eu tinha decidido o que fazer. Me aproximei um pouco mais do grupo que iria atacar os droides e voltei a deitar de barriga no declive para estudar o grupo. Uma pena que nosso grupo tenha se quebrado... a força dos que seguiram em frente seria de grande valhia.

Qual o plano mesmo?

Analisei o inimigo abaixo e tentei formar uma estratégia improvisada:

- Bom, vou dar uma sugestão. Se vocês vão acatar ou não, é escolha de vocês. Primeiro que temos o elemento surpresa, isso nos dá vantagem. Nessa situação, o que mais nos daria vantagem? Confusão, caos, falta de uma reação coordenada. Atacar sem deixá-los com tempo pra reação para que, quando eles tentassem reagir, eles se econtrarem divididos e isolados do resto do batalhão. Transformá-los de um sistema organizado e unificado em partes pequenas, isoladas e fracas de um todo. Agora o que resta decidir é se vamos poupar os reféns ou não...

Só não queria ver a Yohali fazendo bobagem...

O Poente ainda tingia a paisagem de um dourado grave e profundo, enquanto os grupos distanciavam-se sem a certeza de um sucesso claro, uma vez que os próprios objetivos estavam opacos, incertos.

A separação aparentemente não era apenas física, mas no íntimo de cada psicológico haviam barreiras demais para serem quebradas antes que pudessem se chamar de equipe.

Viajaram juntos, comeram da mesma comida, diviram quartos e convicções, mas estiveram o tempo todo distantes de serem um grupo. A triste e preocupante realidade saltava à vista, mas agora era um tanto tarde para voltar atrás.

O passado era passado. Mas haviam muitos passos a dar antes do fim, quem sabe uma nova esperança.

Algum distúrbio na Força percorreu a espinha de Bapan.


Apesar do caminho sólido, era impossível não sentir-se desconfortável sobre a passarela límpida. A cada novo metro conquistado, o material transparente parecia reluzir uma cor diferente, captada da energia emitida da estrela pondo-se ao horizonte.

A indiferença estava apenas em RX.

A brisa atravessava seus componentes de lata, dobrando-se em curvas a cada detalhe de carenagem, mas o dróide não era dotado de tato para sentí-la. Nem mesmo podia sentir o agradável clima que vinha com o falecer do dia, agonizando agora em seu leito dourado.

Antes fosse apenas a ausência de tato que impedisse os componentes do grupo de desfrutar dos presentes naturais de Dornahun. As preocupações de Bapan eram mais que suficientes para que sua mente ignorasse o ambiente agradável à volta, e Bolt não fora criado para este tipo de emoção.

Seguiram recolhidos no próprio silêncio, observando os portões que elevavam-se vinte metros acima de suas cabeças. A escolta Bith não se moveu.

Os portões pareciam sempre abertos, mas a aproximação revelou um leve reflexo, que dissipou-se em centelhas de luz, abrindo as portas antes protegidas por uma imperceptível parede de energia.

Adentro, um esguio Bith aguardava, trajando um manto carmim com longas mangas que pendiam dos pulsos como serpentes, tocando o chão.

Uma estranha reverência fez parecer que aquela criatura não possúia vértebras. Ágil, recolocou-se frente ao grupo, fitando seus enormes olhos negros no Jedi.

- Meus filhos - iniciou, no idioma comum do comércio. - É triste o dia em que as fronteiras do cataclisma expandem-se até Haali. Temo que a guerra tenha nos alcançado - sua feição era difícil de decifrar, mas os olhos não escondiam uma tristeza inquietante. Esfregou as mãos, impaciente. - A viagem fora deveras cansativa, vejo em vosso semblante, Cavaleiro. Sabem que não são os únicos aqui?

À medida que o grupo era recebido, os demais seres da espécie entreolhavam-se, aflitos. Não era sempre que alguém visitava Dornahun, ainda mais com o eminente desabrochar da guerra. Era claro que estavam descontentes com a presença do trio, mas a etiqueta Bith sempre fora impecável.

Bolt era capaz de ler em seus rostos o medo, um clone farejava o medo tal qual um cão de caça. Medo da guerra engolir suas casas, talvez? Os Biths haviam escolhido lugar tão distante para que estivessem livres dos infortúnios cada vez mais comuns da Galáxia, mas não desejavam sair das fronteiras do Senado Galático, temendo que isto pudesse soar como afronta.

Bapan era capaz de reconhecer uma tênue aura dos presentes, mas o significado era incerto, não podia dizer mais que Bolt ou RX sobre aquele indivíduo.

RX reconheceu em seus dados o Primeiro Ministro de Relações Exteriores Mermäe Allaende. Era sabido que Tsendalla Ordamash não os receberia nos portões, e sim em sua sala de conferências, como manda o protocolo.

Código:

Galera, momento interação. Este é o Ministro apenas, mas se não agradarem com sua postura talvez ele não dê boas indicações a Tsendalla Ordamash, seu principal objetivo. Boa sorte!

Cochichos perdiam-se no vazio enquanto trinta metros de barranco íngreme separavam o grupo da ameaça dróide.

A marcha perfeita do inimigo ecoava em uníssono contra as paredes de pedra que trancafiavam o pequeno batalhão em um corredor largo demais para tentativas mais ousadas. O plano deveria ser perfeito, sem falhas. Munidos de um kit explosivo prontamente manipulado por Bolt, dividiam a atenção entre o adversário e seus reféns.

- Diga-me o que fazer e considere feito - a voz era de Gale. O Jedi posicionara-se ao lado do clone, baixando seu nível de patente para acatar ordens de seu subordinado. Ghost soube de imediato que estaria arriscando não somente as vidas de seus companheiros, como a de um Embaixador do Senado, uma vez que os Jedis ali estavam para conciliar com Biths.

Não haveriam falhas.

Dentro das redes, os prisioneiros moveram-se.

Código:

Mc, pode rolar 1d20 no seu próximo post, referente a um teste de Perícia "Conhecimento (Táticas de Combate)". Em caso de sucesso, todo o grupo receberá um bônus de moral sob seu comando. Dificuldade: 18.

Mauth está afastado sem internet (ele veio aqui em casa), por hora sou controlador de Gale Kaarl, como um NPC.

Quero ações juntamente com a interpretação! Em caso de diálogos, podem dialogar à vontade, mas postem ações. Sem elas a trama estará presa!

Boa sorte!

Um arrepio percorre suas vertebras. Aquilo o deixa apreensivo, o que teria ali acontecido para que Bapan sentisse esse descompasso no equilíbrio da força nessa cidade!?

Sem duvidas com a luz poente deixava o resplendor da cidade um dourado fenomenal, porem como a noite, sóbrio.

Ao final de cada passo os portões da cidade eram revelados e a sua frente um ser se mostrava em sua recepção!

Era o Ministro de relações exteriores que os aguardava prontamente.

Ao final de sua saudação o jovem Jedi curva-se em sinal de respeito e benevolência demonstrando suas intenções!

-Sou Bapan, um Jedi a serviço da República em missão diplomática. Respondendo humildemente.

-Sim Primeiro Ministro! É com muito pesar que temos que nos encontrar nessas situações. Gostaria que nosso encontro fosse à época de paz, sem necessidade de escoltas, soldados ou outros.

-Nos três fazemos parte de um grupo que fomos designados por nossos superiores. Devido a contratempos tivemos que nos separar. Os demais devem chegar o quanto antes.

Enquanto respondia o jovem Jedi sentia algo de estranho nas faces dos presentes.

-Não somos os únicos? Quem mais estaria aqui senhor Primeiro Ministro?

Pergunta Bapan buscando informações.

Aquela frase deixou o Jedi apreensivo. Quem mais estaria ali? Seria Gale e os outros? Impossível... A pior das hipóteses passa por sua mente: “A federação do Comércio chegará antes que nós?”

Bapan tenta sentir a força!

Hammersky efetuou 1 lançamento(s) de dados (d20.) :

7

OFF: Vamos lá Galerinha!

Não havia muito o que um dróide poderia contribuir ao diálogo de embaixadores. Recolheu-se em seu silêncio e avaliou a situação ao redor.

Era possível que o Ministro estivesse se referindo à federação, mas não querendo dizer que eles estavam em Haali, mas à caminho. Os Biths deveriam possuir um belo sistema de rastreamento global, e saberiam que o grupo estivesse chegando assim que cruzássemos a atmosfera do planeta.

O incômodo de Bapan acionou o sistema defensivo do dróide, que iniciou uma varredura no local;

Teste de percepção (+ nada, acho xDDD)

Lestath efetuou 1 lançamento(s) de dados (d20.) :

19

Diga-me o que fazer e considere feito

Aquilo tinha incomodado o clone. Ele fora criado em rígidas hierarquias que, em todas as situações, tinha os jedis nas mais altas patentes. Sua disciplina natural dos clones falou mais alto que a parte independente que todo clone ACR possuía:

Não… Só dei uma sugestão, senhor. Acatarei suas ordens. – Seu corpo ficou rígido, em forma de continência - Mas... se me permitir outra observação, acredito que a questão aqui é se iremos resgatar os reféns ou não. Se não, bastava implantar os explosivos no caminho do comboio e detoná-los na hora certa para neutralizar os tanques. As tropas não seriam problemas com a nossa equipe em solo elevado, flanqueando e usando o elemento surpresa. Mas uma coisa é certa: Vamos ser mais efetivos se tivermos outro grupo no outro lado do declive. Atacaríamos pelos dois flancos. Se o senhor permitir, eu posso atravessar para o outro lado com meu treinamento furtivo. Acredito que eu não vá ter grandes problemas.

Apesar da rigidez do seu corpo, Ghost estava bastante à vontade. Estava habituado com aquela situação, nascera e treinara para isso.

Já estava com saudades de pisar em terreno conhecido.

OFF:
Mestre, eu sei que você já falou anteriormente, mas eu me esqueci e com tudo que a gente já escreveu, fica dificil achar a informação: Como são os explosivos? São tipo C4 q podem ser implantados no chão, parede, etc e podem ser detonados remotamente? E quantos explosivos nós temos?

A minha idéia, caso não nos preocupassemos com reféns, seria colocar dois pacotes de explosivos mais adiante no caminho do comboio. Eles estariam distanciados de forma que os tanques ficariam em cima de cada pacote ao mesmo tempo. Se esses tanques tem pouca blindagem, eles não tem blindagem alguma abaixo do tanque.

Agora se for resgatar, eu não sei o q fazer. Não vai ser simples :x

Oras, que pergunta mais tola. Será que tanto treinamento te tornou em uma máquina insensível Ghost? Viemos aqui para resgata-los, e faremos isso nem que me custe a vida. E eu ordeno que pare com essas frescuras de hierarquias em missões delicadas como essa, todos aqui temos o mesmo valor. Não nos rebaixemos ao lixo da federação! - O momento era tenso, não era permitido sequer um pingo de insegurança. - Faça o que nasceu para fazer, use sua afinidade tática para nos colocar em vantagem, seguirei suas ordens sem pestanejar, lembre-se que temos a força ao nosso lado.


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Salve galera!
Hoje não tive aula e pude acessar o fórum pela casa da minha irmã.
Espero colocar internet na meu apertamento no inicio desse novo mês!
Fico feliz que a aventura aqui continua, estou ancioso para ver a continuação.
Tentarei me manter antenado por aqui.
Até lá!

- Ora, meus amigos, vamos logo com isso, que esse nhe nhe nhe não nos levará a lugar nenhum! Claro que vamos resgatar os reféns, Ghost! Que porcaria de pergunta! Agora, é uma boa você ir para o outro lado. Eu estava pensando em descer e soltar os prisioneiros, mas para isso, preciso de alguma distração... Gale, será que você poderia providenciar isso? Se você mantiver todos os dróides ocupados por uns 15 minutos, eu consigo solta-los e Ghost consegue plantar a(s) bomba(s)... O que vocês acham?- Parou um pouco para ver a reação dos dois. Não sabia se eles encarariam aquilo como suicídio ou como uma idéia brilhante. Mas de qualquer forma, era ela mesma que iria se arriscar..

Mermäe Allaende não fez mais que um leve aceno preguiçoso com sua volumosa cabeça. Seus olhos vibrantes estudaram as expressões de Bapan, e teria feito o mesmo com Bolt, se sua face não estivesse envolta pelo capacete de batalha.

- A Federação do Comércio também poluí o solo de Dornahun com suas máquinas de combustíveis fósseis e suas intenções distorcidas - concluiu, em tom calmo e solene. Todos no grupo puderam notar o uso da palavra "também", o que indicava que o povo de Haali não estaria contente com a visita da República tanto quanto da Federação. - A guerra parece ser um mal necessário, ao que dizem, e não cabe a mim o julgamento. Diga-me, Mestre Embaixador, até que ponto acredita que armas podem fazer paz?

A pergunta soou desinteressada, mas havia algo pertinente nas palavras, e uma estranha expectativa cintilou em seus olhos. As palavras deveriam ser escolhidas com cuidado.

Bolt podia notar um silêncio desagradável nas ruas da cidadela enquanto o diálogo com o Jedi extendia-se: o povo Bith não estava a caminhar. Não havia ninguém a caminhar nas vias, ou movimento de veículos ou mesmo som algum do comércio.

Só haviam os dez Biths uniformizados que acompanhavam o Ministro. Apesar de aparentemente não portarem armas, era possível imaginar que eram parte de algum regimento policial.

Era espantoso pensar que uma sociedade poderia ser regida sem a utilização de penalidades armadas. Não havia criminalidade em Haali, não haviam nem celas de retensão para descumpridores da lei. Era uma sociedade utópica.

Código:

Vamos interagir, molecada! =D

Os cochichos de grupo eram encobertos pelo som da brisa contornando as rochas da pequena estrada irregular entre as encostas de Dornahun.

O grupo permanecia imóvel, ainda a discutir estratégias. O grande porém é que as tropas adversárias moviam-se com certa velocidade, e em poquíssimo tempo estariam fora desta área de barrancos, eliminando toda a vantagem que os heróis possuíam pelo terreno.

Mais uma vez a mente de Ghost encheu-se com involuntários pensamentos sobre companheirismo distorcido taxado na face de cada integrante de sua equipe. Isto deveria mudar.

Gaale mantinha um olhar obstinado contra as máquinas, por mais que havia mantido claro que seu objetivo eram os reféns. Bas mantinha-se tão calado quanto Bolt, e até mesmo Yohali, cuja língua era tão difícil de ser mantida entre os dentes, estava calada.

O tempo era aquele. Nenhum mais.

Código:

Galerinha, preciso de ações ;) Se quiserem dialogar, podem postar várias vezes seguidas em resposta uns aos outros, mas mandem ações ao fim!

Galerinha, eu mesmo atrasei bastante, mas estava com a esperança de que os jogadores que não postaram nesta rodada pudessem postar. Bem, agora vamos com tudo!
AUHDIAWUHDIUAWDHuh

O tempo estava passando. A cada segundo, as chances de sucesso diminuíam. Não que Bas soubesse calcular chances de sucesso, ele apenas sentia isso.

Ouvindo o bem treinado e voluntarioso soldadinho de chumbo, concordou era o melhor plano, mesmo que a liberdade final fosse a morte.

- Ghost está certo. - disse finalmente. Aquilo já havia tomado tempo demais. Não havia necessidade da separação do grupo se fosse para assistir aqueles tanques e vermes metálicos.

- Plante os explosivos no caminho dos tanques e atravesse para o outro lado. Vamos detoná-los pouco antes deles passarem. Assim tentamos poupar os prisioneiros e impedimos que eles passem. Eu te dou cobertura. - terminou, engatilhando sua arma.

Que saudades daquele som.

- Plantar os explosivos no caminho deles não seria muito interessante, para isso Ghost teria que se expor muito. Façamos o seguinte: Ghost, plante bombas a frente do desfiladeiro e certifique-se que a explosão causará um belo desmoronamento, quem sabe assim alguns droids caiam de inicio. Um instante antes de aciona-las de o sinal para o grupo. Ao sinal de Ghost eu saltarei sobre o tanque de traz numa tentativa de neutraliza-lo, instantes depois da explosão, aproveitando-me da poeira levantada. Roxinha, aproxime-se por traz do segundo tanque e libere os prisioneiros, seja furtiva. Bass e Ghost, creio que vocês podem dar um belo suporte daqui de cima sem se expor muito. Com a cobertura de vocês e o elemento surpresa causado pelo desmoronamento terei boa vantagem ao me expor lá em baixo. Façamos disso um ataque sincronizado. - Fechou os olhos tentando concentrar-se o maximo, aquela seria uma atitude muito arriscada, tudo teria acontecer perfeitamente.

Mas o que seria aquela intuição que tivera anteriormente, não era como aqueles que sentira até então. Parecia que a força tentava lhe avisar sobre algo muito ruim. Mas isso não lhe causava medo, somente fez com que o Jedi se concentra-se mais. Abriu os olhos e aguardou.

- Aguardo o seu sinal Ghost.

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Galera, vamos agilizar os dialogos. Bora pra ação logo, se não perderemos a vantagem.